domingo, 7 de setembro de 2008
Biografia do 8° Conde dos Arcos
O 8º Conde dos Arcos de Valdevez Dom Marcos de Noronha e Brito nasceu no Palácio do Salvador em Alfama cidade de Lisboa, a 7 de julho de 1771, filho único varão de Dª. Juliana Xavier de Noronha, 7ª condessa dos Arcos de Valdevez, e de D. Manuel José Antônio de Noronha e Menezes. Desde cedo abraçou a carreira das armas, tendo sentado praça, a 7 de novembro de 1796, no regimento de cavalaria nº 7, naquele tempo aquartelado na Fortaleza de Cascais. Seis meses depois, foi transferido para Elvas como oficial às ordens de seu tio, o tenente-general D. Francisco Xavier de Noronha, recebendo patente e soldo de capitão. Aos vinte anos, casou-se com dª. Maria Rosa Caetano da Cunha, filha dos Condes de São Vicente. Enviuvando muito cedo ficou com quatro filhos, três homens, sendo o mais velho D. Manuel de Noronha, e uma filha dª. Luísa de Noronha e ainda uma filha natural d. Ana Joaquina de Noronha. Passou depois ao Brasil onde foi governador do Pará e Rio Negro de de 1803 a 1806, sendo que neste ano foi nomeado Vice-Rei do Brasil (o 15º e último). Ao saber que a Rainha D. Maria I, o Príncipe Regente e a Corte, em vista da guerra com os franceses, se dirigiam ao Rio de janeiro, tratou imediatamente de preparar para todos instalações condignas. Recebida a Família Real sob grandes aclamações da multidão, no dia 08 de março de 1808, o Conde dos Arcos, deu por findas as suas funções. Em maio de 1810 foi nomeado Governador e Capitão-General da Capitania da Bahia, tomando posse em Setembro do mesmo ano, e neste cargo se conservou até princípios de 1818. São de sua iniciativa nessa capitania, o estabelecimento da primeira tipografia, e do jornal A Idade do Ouro, bem como a fundação da Biblioteca Pública.
Quando da revolução de Pernambuco, em 1817, empregou toda a energia para deter os revolucionários e evitar que os ideais do movimento alcançassem à Bahia. Por morte de Antônio de Araújo Azevedo, Conde da Barca, foi nomeado Ministro da Marinha e Domínios Ultramarinos, no Rio de janeiro, em Julho de 1817, para onde só retornou em fevereiro de 1818, assumindo então a magistratura para qual havia sido nomeado. Depois de D. João VI ter regressado a Portugal assumiu a presidência do Ministério que se constituiu junto ao Príncipe Regente D. Pedro. Não se manteve muito tempo no cargo, pois rebentaram tumultos que impuseram a sua demissão por ser contrário ao partido da independência. O Conde dos Arcos regressou a Portugal no brigue Treze de Maio. Foi preso quando da sua chegada em Lisboa acusação de ser um dos fundadores da independência que afinal tanto contrariara. Após rigoroso inquérito, foi inocentado das acusações e veio a ser nomeado membro da Regência que D. João VI instituiu por Decreto de 7/03/1826, sob a presidência da Infante D. Isabel Maria. Por carta de 30/04/1826 foi nomeado Par do reino.
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Um comentário:
Foi muito importante para mim participar deste evento,sou estudante de história e fique maravilhada com o seminário, porque tinha uma idéia muito superficial da cidade de Salvador naquela época.Quero agradecer a Jaime, pois o evento foi muito bem organizado, assim com a todos os palestrantes e participantes, que com muito carinho colaboraram para o meu crescimento educacional. Quero desejar a todos que se empenharam para produzir esse maravilhoso evento muito sucesso para o ano 2009,e que continuem apostado na educação como instrumento de transformação da sociedade.
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